HP pressiona e Intel investe no Itanium para encerrar processo judicial
A HP conquistou uma importante vitória ao conseguir que a Intel injete nova vida no ciclo dos processadores Itanium, que equipam alguns servidores da marca. Os exóticos processadores Itanium estavam a ponto de serem descontinuados pelo desinteresse da Intel na plataforma, descompromisso da Oracle em manter suporte para produtos voltados a linha e a incapacidade da HP de tornar seus produtos com Itanium mais atraentes que os concorrentes.
A Intel revelou o novo Itanium 9500 em evento conjunto com a HP que, em seguida, apresentou os primeiros servidores da linha Integrity e que adotam o novo modelo de processador. Os Itanium foram pensados para serem super processadores, totalmente especializados para rodarem em servidores.
O imbróglio envolvendo os chips Itanium começou em 2011, quando a Oracle declarou que abandonaria o desenvolvimento de softwares e o suporte a sistemas criados para o processador. Em reflexo da decisão, a HP abriu um processo contra a Oracle, acusando a desenvolvedora de quebra de um contrato que previa o compromisso da Oracle em criar aplicativos para o Itanium ao longo da década. A Oracle contra argumentou que, secretamente, Intel e HP já tinham decidido encerrar a linha Itanium em favor dos muito mais comuns Xeon.
Depois de muita confusão nos tribunais e troca de acusações via imprensa, a justiça norte-americana decidiu que a Oracle é obrigada a respeitar o acordo e prolongar o suporte a aplicações para processadores Itanium. A empresa ainda pode, e disse que irá, recorrer da decisão.
No meio de toda a confusão está a Intel, que iniciou o desenvolvimento da arquitetura, que prometia ser a mais indicada para servidores. Os modelos iniciais do Itanium foram os primeiros processadores a carregar cache L3 e podiam operar até 16 TB de memória. Com o tempo, a Intel descobriu que os atuais Xeon eram bons o suficiente para o mercado de servidores, com uma ampla base de desenvolvedores e consumidores no mundo todo.
Embora todo mundo negue, o fato é que a plataforma Itanium esteve por acabar e só continua por pressão da HP e em virtude de um bem amarrado contrato que forçou a HP a desembolsar US$ 690 milhões em fevereiro para que a Intel mantivesse o desenvolvimento da linha e se comprometesse a estender lançamentos pelo menos até 2014.
Via All ThingsD

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