Mito ou verdade: desfragmentar o HD diminui a vida útil do disco?
Com o passar do tempo, é sempre bom desfragmentar o disco rígido para ganhar um pouco mais de performance da máquina. Mas será que isso não causa danos ao HD?
Com muito tempo de uso, alguns sistemas de arquivos costumam ficar fragmentados
, ou seja, blocos de informações que deveriam estar próximos uns dos outros
estão, na realidade, espalhados pelo disco rígido. Dessa forma, algumas
operações exigem que o HD trabalhe muito mais, favorecendo não apenas o
desgaste das peças mecânicas do disco como também tornando mais
demoradas as operações de leitura e escrita de dados.
, ou seja, blocos de informações que deveriam estar próximos uns dos outros
estão, na realidade, espalhados pelo disco rígido. Dessa forma, algumas
operações exigem que o HD trabalhe muito mais, favorecendo não apenas o
desgaste das peças mecânicas do disco como também tornando mais
demoradas as operações de leitura e escrita de dados.
Para resolver esse problema, há ferramentas especializadas e até mesmo
fornecidas gratuitamente junto com o sistema operacional, como é o caso do
programa Defrag, do Windows. Elas são responsáveis por reorganizar esses dados,
com o propósito de dar menos trabalho para o HD. Esse processo é
chamado de desfragmentação, e o Tecmundo já publicou diversos artigos
sobre o assunto.
fornecidas gratuitamente junto com o sistema operacional, como é o caso do
programa Defrag, do Windows. Elas são responsáveis por reorganizar esses dados,
com o propósito de dar menos trabalho para o HD. Esse processo é
chamado de desfragmentação, e o Tecmundo já publicou diversos artigos
sobre o assunto.
Em teoria, reorganizar esses blocos de dados ajuda a agilizar o acesso aos
arquivos: por estarem todos mais próximos e organizados, não é necessário
tanto movimento mecânico da cabeça de leitura do HD. Porém, muita gente
acha que desfragmentar demais um disco pode fazê-lo “pifar” mais rapidamente.
arquivos: por estarem todos mais próximos e organizados, não é necessário
tanto movimento mecânico da cabeça de leitura do HD. Porém, muita gente
acha que desfragmentar demais um disco pode fazê-lo “pifar” mais rapidamente.
Desfragmentar causa desgaste?
É possível argumentar que, como o processo de desfragmentação causa muita
atividade mecânica do disco, ele também acaba, consequentemente, diminuindo
o tempo de vida do componente, já que provocaria mais desgastes. Porém, não
há nada que possa comprovar essa teoria.
atividade mecânica do disco, ele também acaba, consequentemente, diminuindo
o tempo de vida do componente, já que provocaria mais desgastes. Porém, não
há nada que possa comprovar essa teoria.
Para começar, o desgaste provocado pela ação de desfragmentação
parece ser compensado pela economia de movimento que a cabeça de leitura
fará nos próximos dias, já que os dados são reorganizados. Mas é claro que
não há nada que comprove isso de fato, pois essa é uma atividade muito
difícil de ser medida e, pelo visto, não muito relevante para a indústria.
parece ser compensado pela economia de movimento que a cabeça de leitura
fará nos próximos dias, já que os dados são reorganizados. Mas é claro que
não há nada que comprove isso de fato, pois essa é uma atividade muito
difícil de ser medida e, pelo visto, não muito relevante para a indústria.
Porém, há um estudo de caso muito interessante apresentado por
funcionários da Google em uma conferência sobre tecnologias de
arquivos e armazenamento que pode ajudar a trazer alguma espécie de
iluminação científica sobre o assunto.
funcionários da Google em uma conferência sobre tecnologias de
arquivos e armazenamento que pode ajudar a trazer alguma espécie de
iluminação científica sobre o assunto.
Relação entre falhas e nível de utilização
Como a Google trabalha com uma enorme quantidade de dados, fica fácil
deduzir que a empresa possui muita experiência no gerenciamento de discos
rígidos. Em um estudo apresentado por Eduardo Pinheiro, Wolf-Dietrich Weber
e Luiz André Barroso, funcionários da empresa, mais de cem mil HDs foram
analisados, na tentativa de encontrar em um padrão que tenha levado
esses equipamentos à falha.
deduzir que a empresa possui muita experiência no gerenciamento de discos
rígidos. Em um estudo apresentado por Eduardo Pinheiro, Wolf-Dietrich Weber
e Luiz André Barroso, funcionários da empresa, mais de cem mil HDs foram
analisados, na tentativa de encontrar em um padrão que tenha levado
esses equipamentos à falha.
O resultado? Bem, digamos que é um pouco decepcionante: “Nossos dados
indicam que há uma relação muito mais fraca entre níveis de utilização e falhas
do que estudos anteriores atestavam”. Em suma, não há nada que comprove,
de fato, esse impacto negativo pelo uso exaustivo do equipamento.
indicam que há uma relação muito mais fraca entre níveis de utilização e falhas
do que estudos anteriores atestavam”. Em suma, não há nada que comprove,
de fato, esse impacto negativo pelo uso exaustivo do equipamento.
De acordo com o paper apresentado pelo grupo, apenas HDs muito novos
ou muito velhos costumam apresentar problemas. É como se, no reino
dos discos rígidos, valesse a lei do mais forte. Se o drive sobreviver aos primeiros
anos de sua “infância”, é provável que terá muito tempo de vida pela frente.
ou muito velhos costumam apresentar problemas. É como se, no reino
dos discos rígidos, valesse a lei do mais forte. Se o drive sobreviver aos primeiros
anos de sua “infância”, é provável que terá muito tempo de vida pela frente.
Conclusão: use o defrag sem medo
Não há nada que comprove a relação entre desfragmentação e redução
do tempo de vida. O impacto causado pela reorganização lógica dos dados
de um HD, durante o processo, não é preocupante e, na pior das hipóteses, pode
ajudar você a acessar mais rapidamente seus arquivos.
do tempo de vida. O impacto causado pela reorganização lógica dos dados
de um HD, durante o processo, não é preocupante e, na pior das hipóteses, pode
ajudar você a acessar mais rapidamente seus arquivos.
Entretanto, vale o bom senso: não há a necessidade de desfragmentar o seu
HD todo dia. Fazer isso uma vez por mês, por exemplo, já é mais do que
o suficiente para garantir um melhor desempenho para a máquina.
HD todo dia. Fazer isso uma vez por mês, por exemplo, já é mais do que
o suficiente para garantir um melhor desempenho para a máquina.
via Tec mundo
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