Os piores jogos da série Street Fighter
A consagrada série de luta Street Fighter comemorou 25 anos no último mês. Mas, como toda grande saga que se preze, deixou algumas pedras pelo caminho. Apesar de não ser nada suficiente para “queimar o filme” dos personagens queridos pelos fãs, a franquia conta com alguns jogos muito ruins que são também pouco conhecidos. Saiba agora quais são eles e passe longe dessas verdadeiras bombas.
- Street Fighter 2010
O primeiro jogo dessa pequena lista nem pode ser considerado um Street Fighter de verdade. Mas, ainda assim, leva o nome da saga no título, na caixa, no menu e por aí vai. Esse é o típico caso de jogo picareta, que vem apenas para chamar a atenção e não adiciona nada à famosa série e nem a seus fãs. Principalmente por um rápido motivo: ele não é de luta.
Street Fighter 2010 foi lançado em 1990 e apresenta uma interpretação exagerada do futuro, com carros voadores, alienígenas invadindo a Terra, cenários apocalípticos e muito mais. O que era para ser uma mera referência ao game de luta virou coisa mais “séria”, porque os produtores resolveram dar o nome do personagem principal deste game de Ken (ao menos na versão ocidental do game), dando a entender que ele seria o mesmo Ken dos outros jogos - aquele de roupas vermelhas e que tem o golpe “Shoryuken”.
Além da jogabilidade não ser boa e dos gráficos horríveis, a história do game era um desastre: Ken se aposentou dos campeonatos de “luta de rua” e virou um cientista, inventando uma substância que dá superforça aos humanos. Infelizmente, seu parceiro de laboratório é assassinado e sua fórmula é roubada, e é aí que o herói precisa agir novamente. Tudo a ver com Street Fighter, não?
- Street Fighter: The Movie
Inspirado em um filme ruim, o game Street Fighter: The Movie não tinha como ser bom, certo? É mais ou menos por aí mesmo! O game foi lançado na mesma época do primeiro filme baseado na série, lançado nos anos 1990 e que contava com o astro Jean-Claude Van Damme no papel de Guile. O game segue de perto o estilo visto em Mortal Kombat, que usa imagens de atores reais para os personagens do jogo. Mas, mesmo assim, o game não conseguiu ser divertido.
Os movimentos dos personagens até que tentavam imitar bem o que era visto nos outros jogos, como golpes especiais, Hadouken, Shoryuken, entre outros. No entanto, os efeitos tentavam ser mais “realistas” para casar com o clima dos personagens que eram vistos na telinha. O resultado foi um verdadeiro desastre visual.
O jogo foi lançado para fliperamas e para os consoles da época (PSOne e SEGA Saturn), nos quais fez um trabalho pior ainda ao apresentar gráficos muito inferiores e uma jogabilidade mais travada. Ainda bem que as gerações mais recentes de jogadores não tiveram muito contato com essa pequena bomba e que hoje ela anda esquecida.
- Street Fighter Online: Mouse Generation
Este pode ser considerado tão ruim que nem existe mais! Mouse Generation foi uma versão bizarra de Street Fighter que foi lançada 2009 e desligada um ano depois. Exclusivamente online, o jogo permitia controlar personagens da série apenas com o mouse, sem a necessidade de teclado ou um controle normal de videogame.
Não precisa pensar tanto para imaginar que a jogabilidade só com o mouse era bizarra de tão ruim. Você não sabia o que controlava direito e os bonecos mais pareciam feitos de pano. Isso até tinha um motivo especial, pois era possível trocar pedaços dos bonecos com outros personagens famosos – até mesmo personagens que não fazem parte do universo de Street Fighter, como heróis da cultura japonesa. Sem falar que era possível misturar até mesmo o sexo de alguns lutadores! Já imaginou o Ryu com o corpo da Chun-Li?
O jogo foi lançado no ocidente, mas, justamente por sua jogabilidade estranha e gráficos que não eram muito bonitos, não fez tanto sucesso. O fato de ter que jogar somente online também não agradou aos fãs, que deixaram o game de lado após ver como ele funcionava por um tempo.
- Street Fighter EX
O próximo jogo dessa lista nem pode ser considerado um verdadeiro Street Fighter, ainda que, ao mesmo tempo, seja um dos principais jogos da série. Street Fighter EX é uma co-produção da Capcom com a empresa Arika. A Arika era uma produtora japonesa que na época resolveu juntar alguns de seus personagens originais em um jogo de luta 3D com os heróis de Street Fighter, e a Capcom bancou e publicou o tal projeto. Assim nasceu a série EX.
Street Fighter EX não é exatamente ruim, mas foi mal recebido pela maioria dos fãs. Primeiramente por apresentar muitos personagens que não tinham qualquer relação com Street Fighter, além de os heróis da série ficarem um pouco deslocados no meio da bagunça. A jogabilidade não era lá grande coisa, pois tentava colocar toda a ambientação 2D no mundo de lutas 3D, imitando Tekken e outros sucessos da época. O game até rendeu algumas continuações, inclusive no PS2, mas parece que a Capcom desistiu da série.
- Street Fighter
Ok, colocar o primeiríssimo Street Fighter aqui é golpe baixo (com o perdão do trocadilho!), mas verdade seja dita: ele não se parece em nada com os jogos mais recentes. Até mesmo em comparação com o Street Fighter 2, que veio anos depois, podemos considerá-lo fraco como jogo de luta. Na época, era até divertido, mas hoje o jogo pode ser classificado como tantos outros que “envelheceram mal”.
O game possui jogabilidade bem travada e, mesmo no fliperama da época na qual foi lançado, ele não tinha um controle muito bom. Fazer os golpes era difícil e os controles eram muito duros. Imagina hoje, em que cada mínimo movimento no controle conta? Tudo bem, é um clássico e devemos respeitá-lo, por isso não vale esculhambar o primeiríssimo Street Fighter a ser lançado. Mas convenhamos que ele não é lá um jogo memorável como foi Street Fighter 2 e suas seguintes edições.
via Tech Tudo
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