Calor pode aumentar vida útil de memória flash, diz empresa

Thaylan Sk | 14:11 | 0 comentários


Uma das limitações da memória flash é o número finito de vezes que ela pode ser usada. As células no chip vão se desgastando com o tempo, até que ela para de funcionar. Agora, uma equipe da companhia Macronix, situada em Taiwan, acredita ter encontrado uma solução para este problema: calor.
nandflashMemória Nand flash (Reprodução)
Uma memória Flash típica pode ser programada e apagada cerca de 10 mil vezes, mas a invenção da Macronix pode elevar a vida útil para mais de 100 milhões de ciclos. A ideia não é nova – os funcionários da empresa já a conheciam há anos -, mas também não é prática: a memória precisava ser aquecida durante horas em temperaturas de cerca de 250°.
Para solucionar este problema, os pesquisadores incluíram pequenos aquecedores no chip, que são responsáveis por aquecer as células de memória próximas até 800°, restaurando-as para um bom estado. O chip precisou ser redesenhado para poder incluir as modificações, mas a vantagem é que o processo não precisa ser feito com freqüência.
O aquecimento consome uma quantidade substantiva de energia, mas ocorre em uma célula por vez, quando a memória está conectada em uma fonte de energia e o dispositivo está ocioso. “Desta forma, não há o perigo de um celular ficar sem bateria”, explica um dos integrantes do projeto, Hang‑Ting Lue.
O processo também trouxe outros benefícios: aquecidas, as células de armazenamento começaram a ser apagadas com maior velocidade, um processo que antes era entendido como independente do calor. A longo prazo, segundo Lue, isto pode evoluir em um modo de operação auxiliado por calor que permite que as memórias Flash tenham performance e resistência melhorados.
O limite de 100 milhões de ciclos também é uma estimativa. Testar estes marcos demoraria muitos meses, explica Lue, acrescentando que quaisquer indícios de falha ainda não foram detectados.Elas também poderiam substituir as memórias DRAM, mas o pesquisador lembra que é cedo para pensar nisso. “Flash não é uma memória RAM. A arquitetura teria que ser totalmente diferente”, justifica.
Apesar do avanço, a Macronix não espera lançar uma versão comercial de sua memória Flash no mercado tão cedo. O time de pesquisadores publicou o estudo na revista IEEE Spectrum e vão apresentar os resultados na International Electron Devices Meeting, que ocorre entre os dias 11 e 12 de dezembro, em São Francisco, nos Estados Unidos.
Via PhysOrg

Category: ,

0 comentários