Diretor de Game Design de Assassin’s Creed 3 dá palestra em SP para estudantes da área
Steven Masters, diretor de Game Design do famoso jogo Assassin’s Creed 3, realizou uma palestra na manhã de hoje (30) para estudantes do ramo de desenvolvimento de jogos, em São Paulo capital. O evento ocorreu no colégio SaGa – School of Arts, Games and Animation (conhecida por ser um dos maiores do segmento), localizado na Lapa, zona oeste da cidade.
Acompanhado de Bertrand Chaverot, diretor da Ubisoft Brasil, Steven explicou detalhadamente aos presentes todo o processo de desenvolvimento de Assassin’s Creed 3, que levou ao todo 3 anos para ser finalizado e contou com nada menos do que 600 profissionais separados em 5 estúdios.
Planejamento, produção e pós-produção
Conforme o executivo, uma das etapas mais demoradas é o planejamento; no caso da franquia AC, o ponto primário é a decisão do período histórico no qual o game se ambientará. Conforme Steven, existem diversas opções que chegam a ser cogitadas: desde o Antigo Egito, passando pelo Japão Medieval e até mesmo a Revolução Francesa. O produtor diz ainda que essa grande “variedade” de possibilidades é a chave para manter os jogadores sempre entretidos, pois há sempre grandes novidades em cada jogo da série.
Já no período de produção, o produtor afirma que foi preciso estabelecer limites para cada estúdio e acompanhar o desenvolvimento de cada um – tarefa não muito fácil. Outro aspecto que é minunciosamente planejado é a jogabilidade, que inclusive é regulada para que o jogo fique o mais realista possível.
Steven também ressalta a importância do período de testes, no qual dezenas de beta-testers jogam o título a fim de encontrar quaisquer tipos de bugs ou pontos que poderiam ser melhorados. Em Assassins’s Creed III, isto é feito também com o intuito de deixar o game o mais realista possível, reproduzindo cada detalhe do período histórico ambientado: roupas, penteados, construções, veículos e até mesmo a faixa etária das pessoas que andam na rua.
Chaverot pede desculpa aos jogadores brasileiros
Um dos momentos mais curiosos da palestra foi quando Chaverot, ao ser questionado sobre o assunto, pediu as mais sinceras desculpas em nome do produtor-executivo Sebastien Puel pelo pequeno trecho de Assassins’s Creed 3 que é ambientado no Brasil.
Quem jogou o título certamente sabe do que estamos falando: em certa missão, o protagonista Desmond viaja para o Brasil, que é retratado como um lugar nada agradável – cheio de pessoas mal-educadas que falam centenas de palavrões e mulheres praticamente sem roupa.
Conforme Chaverot, tal fase foi feita rapidamente e com “mentalidade gringa”, com o propósito de agradar os jogadores. Obviamente, teve o efeito contrário. O executivo afirma que o erro foi por conta de alguns preconceitos que ainda existem em empresas estrangeiras.
via BaixakiJogos.com.br
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