Fotografia com pouca luz pode ficar 1.000 vezes melhor com novo sensor

Thaylan Sk | 14:35 | 0 comentários

Um novo sensor de imagem, desenvolvido pela Nanyang Technological University (NTU), em Cingapura, promete deixar fotos tiradas em ambientes escuros muito mais nítidas. Isso porque ele é feito de grafeno, material mil vezes mais sensível à luz do que os utilizados nas câmeras atuais. Além disso, a molécula utiliza dez vezes menos energia quando opera em voltagens baixas e, quando produzida em massa, o custo de produção é cinco vezes mais barato.
Wang Qijie, inventor do sensor de imagem de Grafeno (Foto: Reprodução)Wang Qijie, inventor do sensor de imagem de Grafeno (Foto: Reprodução)
Como se essas características do material já não fossem suficientemente animadoras, o grafeno ainda é capaz de detectar a luz de espectro largo, do visível ao infravermelho médio, com alta resposta fotográfica e sensibilidade. Isso significa que ele é adequado para uso em todos os tipos de câmeras, incluindo as de infravermelho, radares de trânsito e imagens de satélite. O inventor do sensor de grafeno, o professor assistente do departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica da NTU Wang Qijie, acredita ser a primeira vez que um sensor do tipo é desenvolvido com grafeno puro.
“Ao projetar este sensor, temos mantido as práticas de fabricação (de câmeras) atuais em mente. Isso significa que a indústria pode, em princípio, continuar produzindo sensores de câmera usando o processo CMOS, que é a tecnologia mais utilizada pela maioria das fábricas na indústria eletrônica. Assim, os fabricantes podem facilmente substituir o material base atual de sensores de fotos com o nosso novo material de grafeno nano-estruturado”, explicou.
Estrutura molecular do Grafeno (Foto: Reprodução)Estrutura molecular do Grafeno (Foto: Reprodução)
O grafeno é composto por átomos de carbono puros, densamente compactados e com espessura de apenas um átomo, dispostos numa estrutura semelhante a um favo de mel. Por seu arranjo, ele é considerado o material mais resistente já demonstrado, e promete revolucionar a indústria tecnológica por sua durabilidade e flexibilidade. Ele foi descoberto em 2004 pelos pesquisadores russos Andre Geim e Konstantin Novoselov, que receberam o Prêmio Nobel da Física pelo feito, em 2010.
Via Phys Org, tech tudo

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