Brasil trabalha em quatro satélites e três foguetes para os próximos anos

Thaylan Sk | 12:43 | 0 comentários


Agência Espacial prevê "fase de impulso tecnológico e industrial"

divulgação
Foguete Nasa
Marcelo Gripa

O Programa Espacial Brasileiro, que há 18 anos orienta e coordena a exploração das atividades em órbita, espera concluir os projetos de quatro satélites e três foguetes até 2016.

Segundo a Agência Espacial Brasileira, mantenedora do programa, estão previstos os lançamentos da série CBERS-3 e CBERS-4, Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, para comunicações oficiais (civis e militares), e o Amazônia-1, de natureza meteorológica geoestacionária.

Entre os foguetes, a expectativa é quanto à conclusão do Cyclone-4, de origem ucraniana, com decolagem prevista do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, o VLS (Veículo Lançador de Satélites) e o VLM (Veículo Lançador de Microsatélites).

Os planos do Brasil para o período entre 2012 e 2021 constam do Programa Nacional de Atividades Espaciais, aprovado no ano passado. Ao longo da década, o país buscará incrementar a capacitação tecnológica e o domínio de tecnologias críticas para a formação de novas competências. “É uma nova fase de impulso tecnológico e industrial”, prevê a Agência.

O desenvolvimento do setor depende de mais investimentos da indústria e apoio das universidades e centros de pesquisa. Para 2012, o orçamento previsto é de R$ 443 milhões, recurso que provém da própria AEB e do MCTI, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Formação, capacitação profissional e maior cooperação entre países são as prioridades nesta fase de progresso. Além da China, com quem o Brasil tem contrato firmado até 2022, há acordos com Alemanha, Estados Unidos, Ucrânia e França e diversos projetos em andamento.

Desde sua fundação, em 1994, o Programa Espacial Brasileiro reuniu três mil especialistas entre técnicos e pesquisadores, mas ainda é preciso mais gente para conquistar a desejada autonomia nacional. Segundo a Agência, "há muitos profissionais interessados e, com o esforço em andamento, a atividade espacial poderá se valorizar e realizar o sonho de muita gente apaixonada pelo espaço”.

A maioria dos especialistas trabalha nos institutos de pesquisa e em médio prazo deverá lidar com o avanço dos projetos estruturantes impulsionados pelo Programa Espacial. A tendência é que a indústria saia em busca de mais profissionais nos próximos anos. 

A carreira espacial não é reconhecida por uma nomenclatura específica porque abrange domínios multidisciplinares. As áreas mais recorrentes são ciência, tecnologia, engenharia eletrônica, elétrica, mecânica, aeroespacial, além de disciplinas da área de exatas, como matemática, química e física.

Universidades oferecem cursos de graduação e pós-graduação que aproximam o candidato à temática. O crescente interesse no setor levou à criação de seis cursos de engenharia aeroespacial nos últimos sete anos, ministrados por Univap, UFABCITAUFMGUFSC e UnB. O ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica criado em 1950 e sediado no interior de São Paulo, segue como modelo. Para saber se você tem o perfil exigido pelos cursos, clique nos links acima.

Se quiser saber mais sobre o Programa Espacial Brasileiro, leia aqui e aqui. Assim como este, os textos fazem parte de um especial do Olhar Digital sobre o tema.


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