Falta de antenas pode comprometer 4G na Copa das Confederações
A cinco meses do evento, operadoras de telefonia e administradores de estádios ainda buscam consenso
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Em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife, as operadoras de telefonia e administradores de estádios sequer chegaram a um acordo para a instalação de antenas e equipamentos suficientes para reforçar a conexão móvel, segundo a Agência Brasil.
Para Eduardo Levy, diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), a lentidão nas negociações poderá fazer com que o evento aconteça sem que os estádios tenham o número ideal de antenas.
Os problemas que retardam a operação no Rio e em Recife dizem respeito ao acesso das empresas à sala onde os equipamentos estão instalados, segundo a Agência Brasil. Já Belo Horizonte presencia um impasse comercial entre as empresas que devem implantar a tecnologia e o estádio. O que está em jogo é o valor cobrado pelo aluguel do espaço para a instalação das antenas necessárias.
Em Brasília, Fortaleza e Salvador - as outras cidades-sede - as negociações estão mais avançadas, mas ainda assim o sindicato das operadoras diz que o prazo não será suficiente. “Nós não temos obrigação de pôr infraestrutura indoor nos estádios, nós estamos fazendo porque entendemos que é um benefício para o país e para os próprios estádios. Um estádio que tiver um impasse não vai ter infraestrutura indoor (dentro do estádio)”, disse Levy.
Representantes das operadoras, de administradores de estádios e dos ministérios das Comunicações e do Esporte se reuniram em Brasília para tentar solucionar as pendências. De acordo com o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, o governo não tem o poder de obrigar uma negociação ou impor medidas para as operadoras e os estádios, mas está atuando como mediador entre as partes.
“Nossos instrumentos legais são muito limitados, mas temos a preocupação geral de que exista boa qualidade de comunicação para o cidadão que assiste o jogo. Que ele fale, mande imagem, mande movimento. Essa é a expectativa de qualquer usuário quando está em um momento como esse, que é histórico. Agora, isso é absolutamente um acordo comercial”, explicou Alvarez.
O cronograma elaborado pela Agência Nacional de Telecomunicações prevê que as cidades-sede da Copa das Confederações deverão receber o 4G até abril. Delas, apenas Recife conta com a tecnologia atualmente.
via olhar digital
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