Facebook e Twitter ajudam adolescentes a se desenvolverem, revela estudo

Thaylan Sk | 22:59 | 0 comentários

 Tentando entender melhor o impacto deste fenômeno no desenvolvimento dos jovens, a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu um estudo que indica que postar na linha do tempo, enviar mensagens, retuitar, "curtir" e compartilhar ajudam no desenvolvimento social dos jovens, dando à eles um senso de pertencimento a um grupo e além de um espaço para a discussão de problemas, o que contribui para o desenvolvimento da identidade.

Facebook ajuda no desenvolvimento dos jovens nos EUA (Foto: Reprodução)Facebook ajuda no desenvolvimento dos jovens nos EUA (Foto: Reprodução)
Para o estudo foram entrevistados 32 adolescentes com idades entre 13 e 18 anos, sendo 15 meninas e 17 meninos. No estudo, os jovens reponderam à perguntas sobre os seus hábitos de uso, como eles se comunicam com seus amigos pelas redes sociais e sobre o que costumam conversar, tudo isso acompanhado de uma análise do conteúdos compartilhados por eles.
De acordo com a autora da pesquisa, a professora assistente da Universidade de Washington, Katie Davis, eles acreditam que a comunicação mediada pelo computador ajuda estes jovens a alcançar um nível maior no desenvolvimento social. “O que eles estão fazendo é diferente do que a geração de adolescentes anterior a era digital fazia, mas isso vem do mesmo desenvolvimento básico que eles precisam. Eles só estão usando ferramentas diferentes para suprir estas necessidades”, afirma Davis.
Twitter (Foto: Reprodução)Twitter também está na lista das redes sociais mais
utilizadas pelos jovens (Foto: Reprodução)
Adolescentes que se caracterizam como pessoas tímidas e quietas dizem que para elas é mais fácil falar sobre seus sentimentos e problemas através das redes sociais do que pessoalmente. De acordo com o estudo, esse tipo de conversa de “igual para igual” acontece constantemente através de computadores, smartphones e outros portáteis usando ferramentas como o Twitter, Facebook e YouTube.
Apesar de todos os benefícios, o estudo ainda alerta sobre os riscos deste tipo constante de interação. O fato de os jovens poderem entrar em contato com seus amigos em qualquer lugar e a qualquer hora faz com que os autores do estudo questionem se estes adolescentes conseguem desenvolver um sentido de autonomia enquanto confiam pesadamente nas suas redes online de auto-afirmação. Segundo Davis, isto ainda é uma teoria, mas ela suspeita que tal conectividade apoia o desenvolvimento da ideia do jovem não olhar apenas para si mesmo, mas também para o outro, para a afirmação de um sentido interno de valor e eficácia
O estudo completo (em inglês), será publicado em novembro no Journal of Adolescence.

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