Green GT disputará a 24 Horas de Le Mans com carro totalmente elétrico

Thaylan Sk | 14:09 | 0 comentários


A próxima edição da tradicional competição automobilística 24 Horas de Le Mans, terá, entre os veículos da categoria de protótipos, um modelo que foge do comum quando o assunto são carros de corrida. Trata-se do H2, automóvel desenvolvido pela Green GT movido a partir de eletricidade, obtida por meio de células de combustível de hidrogênio (vem daí o nome do modelo: H2 é a fórmula do gás hidrogênio).
Green GT disputará 24 Horas de Le Mans com protótipo movido a eletricidade gerada em células de hidrogênio (Foto: Divulgação)Green GT disputará 24 Horas de Le Mans com protótipo movido a eletricidade gerada em células de hidrogênio (Foto: Divulgação)
Não é a primeira vez que a Le Mans promove inovação em relação aos sistemas de propulsão de carros. Em 2008, a Audi levou para a pista o R18 E-Tron Quattro, protótipo híbrido, que saiu vitorioso da prova de 24 horas.
Competir numa corrida de altíssimo desempenho com automóveis elétricos é um grande desafio para a engenharia. As baterias são muito pesadas e o peso compromete a velocidade do carro, bem como seu comportamento dinâmico em curvas. Além disso, elas descarregam muito rapidamente e levam horas para reabastecer.
Para fugir destes problemas, a Green GT apostou em deixar de lado as baterias e usar células de combustível. A opção reduziu o peso do carro a um pouco mais de duas toneladas, o que somado aos dois vigorosos motores de 200 kW (268 cavalos cada num total de 536), permite que o veículo atinja até 300 Km/h.
Green GT (Foto: Divulgação)O Green GT consegue atingir até 300 Km/h, graças ao motor mais leve (Foto: Divulgação)
Num mundo onde automóveis de F1 chegam a 900 cavalos, 536 HPs pode parecer pouca potência. No entanto, motores elétricos são mais eficientes ao transmitir energia para o solo e, por isso, o H2 tem torque de 414 kgfm. Um carro popular, por exemplo, dificilmente supera 15 kgfm. É tanta força transmitida do motor para as rodas, que qualquer toque mais empolgado no acelerador fatalmente faz com que o veículo rode e perca o controle.
Em termos de performance, o H2 promete ser uma máquina sensacional e qualquer apaixonado por competições automobilísticas ficará interessado em ver seu desempenho na prova. Mas há, ao menos, um ponto negativo em relação ao modelo: o hidrogênio, embora abundante, é um elemento caro de ser obtido. Em virtude disso, o gasto com o componente para que a máquina consiga correr por 24 horas deve chegar a, aproximadamente, R$ 3500.

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