O Gamer e suas motivações para jogar

Thaylan Sk | 19:43 | 0 comentários


Com o crescimento da indústria de games no mundo inteiro, mais adeptos a esta mídia estão surgindo, fazendo com que diferentes gêneros e motivações façam cada vez mais pessoas serem fiéis aos games em geral. Uma pesquisa chamada “Hearts, Clubs, Diamonds, Spades: Players Who Suit MUDs” foi feita em 1996 pelo Dr. Richard Bartle sobre os tipos de jogadores, dividindo-os em quatro diferentes categorias, a partir de seus gostos de atuação e interação com o universo do game e também com outros possíveis jogadores. Estas quatro categorias são:
• Jogadores socializadores
• Jogadores predadores
• Jogadores realizadores
• Jogadores exploradores
Em cada uma destas categorias, foram analisadas as semelhanças e diferenças entre os jogadores, chegando a um resultado em que os jogadores socializadores são aqueles que se interessam mais em interagir com outros jogadores, e que gostam mais de jogos cooperativos, nos quais eles precisam trabalhar em conjunto a fim de alcançar o objetivo proposto. Os jogadores predadores são aqueles que gostam de manipular outros jogadores, não necessariamente de uma forma cooperativa, mas sim de uma forma mais agressiva, dominando os outros usuários. De outro lado, temos os jogadores realizadores, que se identificam mais em interagir com o mundo do game, ou seja, eles prezam mais explorar e se familiarizar com o universo dentro do game do que com os que o jogam. Por fim, temos os jogadores exploradores, que visam manipular o mundo do game, construindo seus próprios universos, desafios e objetivos dentro do game.
Huizinga (2001) aborda a questão do jogo e de seus jogadores apontando que “Desde já encontramos aqui um aspecto muito importante: mesmo em suas formas mais simples, ao nível animal, o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra um determinado sentido. No jogo existe alguma coisa “em jogo” que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação. Todo jogo significa alguma coisa. Não se explica nada chamando “instinto” ao princípio ativo que constitui a essência do jogo; chamar-lhe “espírito” ou “vontade” seria dizer demasiado. Seja qual for a maneira como o considerem, o simples fato de o jogo encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência.” [HUIZINGA 2001]
Com isso, podemos perceber que a motivação que leva alguém a jogar um jogo é natural, ou seja, faz parte de nossa essência de seres humanos. Da mesma forma, um gamer pode traduzir esta motivação para jogar um jogo de videogame, pois neste são simuladas situações de vida experimentadas por quem joga.

via http://planetagamer.com.br

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