Ministério Público de São Paulo proibe advogado de acessar redes sociais

Thaylan Sk | 16:52 | 0 comentários


O advogado Cassius Haddad, de Limeira, interior de São Paulo, não pode mais acessar seu Facebook ou o Twitter. Cassius costumava usar as redes sociais para fazer denúncias de corrupção contra o antigo prefeito da cidade e o Ministério Público local. Seus textos chamaram tanta atenção que ele foi processado pelo promotor Luiz Bevilacqua, graças a supostas ofensas pessoais proferidas pelo advogado.
Cassius Haddad, advogado proibido de acessar o Facebook (Foto: Reprodução / Facebook)Cassius Haddad, advogado proibido de acessar o Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
A liminar do juiz Henrique Alves Correa, da 2ª Vara Criminal, veta Cassius Haddad, sob pena de prisão preventiva, de acessar as páginas de qualquer rede social como o Facebook, Twitter, Orkut, entre outras.
Segundo o juiz, tanto os responsáveis pelo Facebook quanto o Twitter devem monitorar os perfis de Cassius, e caso ele tenha os acessado, eles deverão entrar em contato com a justiça em um prazo de 24 horas. As empresas também deverão enviar relatórios mensais quanto a movimentação de Haddad na Internet.
Segundo o réu, suas denúncias incomodaram tanto o Ministério Público que agora eles estão se valendo do poder do Estado para calá-lo. Cassius também afirma que irá entrar com um mandato de segurança para cancelar a decisão e um pedido de habeas corpus para não ter de ir para prisão.
O advogado começou a chamar a atenção durante a ação popular contra o ex-prefeito de Limeira, Silvio Félix (PDT), acusado de facilitar um leilão de um shopping local, desapropriado pela Prefeitura, por um valor mais baixo do que valia. O imóvel foi leiloado por R$ 11 milhões, muito distante da cifra de R$ 49,1 milhões avaliada pelos especialistas. Segundo Haddad, ele utilizou as redes sociais em dezembro para fazer críticas, descobrindo durante sua investigação pessoal que o Ministério Público também estava envolvido. A partir daí a entidade teria começado a criar resistência com o caso, processando o advogado na esfera cível sob uma pena de mil reais por dia.
Cassius Haddad se diz impedido de trabalhar com a decisão. O advogado teme repreensão da justiça se ele usar a Internet, que é o principal meio pelo qualpara se comunicar com quase todos os  clientes do escritório que dirige.
Via Estadão, Tech Tudo

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